Entrevista a Cândido
Fernandes por André Braneanu
AB – Com que idade começou a estudar música e porquê?
CF – Comecei aos 8 anos a meu pedido, com uma professora
particular. Tinha aulas de teclado e solfejo, mais tarde, aos 12 anos ingressei
no Conservatório de Música do Porto.
AB – Porque é que escolheu o piano como instrumento?
CF – Se calhar por ser na altura um dos poucos instrumentos
que conhecia e que mais via na televisão.
AB – Quando tem uma peça nova para preparar como é que
estuda?
CF – Sempre com metrómeno!
AB – Como é o dia-a-dia musical?
CF – Todos os dias, por volta das 8h da manhã aqueço o corpo
e as mãos com escalas e exercícios mecânicos. Depois, ora dou aulas na Escola
de Música do Conservatório Nacional, ora dou aulas no Conservatório Regional de
Artes do Montijo. Aproveito os tempos livres para estudar repertório de piano e
para projectos em desenvolvimento.
AB – Qual é a sua peça de sonho e se pudesse realizá-la onde
a gostaria de tocar?
CF -Não tenho um ideal de peça. Gosto de todo o tipo de
repertório, das mais variadas épocas. Em relação ao local onde gostaria de
tocar, não tenho um, gosto de tocar para quem gosta de escutar.
AB – Qual o seu músico preferido?
CF – O meu músico de eleição é sem dúvida aquele que faz
música por gosto.
AB – Porque optou por esta profissão de professor de música?
CF – Desde que comecei a estudar música, com 8 anos como
mencionei anteriormente, tive a vontade de ser músico e professor, nunca pensei
em ser outra coisa.
AB - Se pudesse fazer
um dueto com outro músico, quem seria?
CF – São muitos aqueles por quem tenho uma admiração muito
forte, não consigo responder à questão.
AB – Quantas horas estuda por dia?
CF – Agora que tenho pouco tempo para estudar, só consigo
fazê-los três horas por dia. Na minha altura de estudante estudava entre 8 a 10
horas.
AB - Que conselhos
dava a um jovem músico?
CF – Daria o mesmo que dou aos meus alunos – muito estudo!
Sempre me ensinaram que a sorte protege os audazes.
AB – Qual foi a música que gostou mais de tocar?
CF – Foram várias, desde obras de Beethoven, Liszt, Chopin,
César Franck e Gershwin.
AB – Qual foi o professor que gostou mais?
CF – Tenho uma admiração enorme por todos os professores que
tive regularmente – Manuela Costa, Jorge Moyano, Ana Telles, como por todos os
outros com quem tive masterclasses.

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